Minha Segunda Experiência com Ayahuasca

 

Minha segunda experiência com utilização sagrada e ritualística ocorreu em 19 de setembro de 2015, num templo escola que seguia vertentes umbandistas, xamânicas e orientais. Os rituais seguiam a Roda do Ano do paganismo, também chamado de wicca, e a ocasião exaltaria Ostara, a Páscoa, que é uma data pagã, comemorada em Abril no hemisfério-norte e em setembro no Hemisfério-Sul. O chá estava mais forte neste dia o que resultou em uma experiência mais profunda e com fortes visualizações.

Logo ao início do ritual vi um índio com cocar muito grande e alado, com penas brancas, azuis e vermelhas. Não via seu rosto mas imagino que seja meu Caboclo 7 Flechas. Em seguida via-me dentro de uma casarão antigo, similar e estas casas imperiais, ou casas grandes em que moravam os senhores brancos na época da escravidão no Brasil. A casa pegava fogo e via o teto com um belo lustre de cristal. Esta era uma visão de uma vida passada em que fui Senhor de Fazenda, tendo sobre meu domínio muitos escravos.

Do Brasil Colonial às Galáxias. Passando por diversas mirações coloridas e tonteantes que misturam-se ao sabor nauseante da ayahuasca mel, via muitas flores, folhas e arvores se entrelaçando. Folhas que não acabavam mais... A palavra "OSSAIM" (orixá conhecedor dos mistérios das plantas) vinha em minha mente e mostrava minha ligação com este orixá, não cultuado na umbanda mais muito venerado no candomblé, e que é meu Orixá Ancestral. 

Logo fui transportado a um Planeta de clima tropical, céus colorido e com sol reluzente. Ao invés de prédios como uma cidade da Terra, o Planeta era repleto de vegetação e seus habitantes eram insetos bípedes e voadores. Via uma planta gigante e uma tropa de insetos parecidos similares a besouros, porém bípedes, marchavam como soldados em cima de uma folha gigante. Gafanhotos, Libélulas e moscas voavam pelos céus. Me tornei um inseto e senti minhas asas batendo, via-me como se estivesse em outro plano, outra dimensão.

Lembrei-me da visão de um gafanhoto que tive dias antes desse ritual e na aula de xamanismo que tivemos na manhã deste dia, o Sacerdote e Xamã Fernando Parada, disse que existe uma raça extraterrestre insectóide que 'dizem' ser uma das mais bondosas e amorosas de todo o universo. O gafanhoto é um de meus animais de poder.

Voltando ao Planeta Terra, a sinergia do ritual foi muito bela. Logo os mantras indianos equilibraram as energias internas e me pus a chorar diante da beleza de um deus hindu que vi. Chegando ao fim, o ritual foi finalizado com a canção em forma de mantra "Eu agradeço, Eu agradeço, Eu agradeço, Eu agradeço". Limpei as lágrimas e agradeci a beleza e majestosidade do ritual.

Felipe Barros,

11 de Outubro de 2017.